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Armazém do Campo, rede nacional de lojas de produtos da reforma agrária, será inaugurado em Salvador neste sábado (11). Localizado no Pelourinho (rua Santa Izabel, nº 3), a loja é organizada pelo Movimento Sem Terra (MST) na Bahia. A inauguração será marcada com a presença de artistas nacionais e locais e culmina com show da cantora baiana Margareth Menezes.


A rede de Armazéns do Campo reúne 34 pontos de comercialização espalhados por 13 estados brasileiros, com atendimentos via loja física, delivery e por encomendas dos produtos da Reforma Agrária Popular. Na Bahia a rede está presente em Vitória da Conquista, Paulo Afonso, além da capital baiana.


“O Armazém do Campo será um espaço para compartilhar sonhos e comida de qualidade. Chegar no Pelourinho significa o fortalecimento das famílias Sem Terra na Bahia. Significa a nossa inserção no cenário cultural da cidade com a propaganda de que a reforma agrária é política fundamental para o povo brasileiro”, afirma Júlia Lopes, coordenadora da loja em Salvador.




Programação

A inauguração do Armazém do Campo na capital será composto por vasta programação cultural e política. A abertura está marcada para 14h, com a recepção da caminhada dos participantes da 6ª Feira Estadual da Reforma Agrária, que acontece até a manhã de sábado na Praça da Piedade em Salvador.


Logo após, uma acolhida será realizada pelo MST, onde terá a exposição das estratégias de produção e distribuição dos alimentos produzidos nas áreas de reforma agrária. Entre os presentes, os dirigentes nacionais do MST, João Paulo Rodrigues e Evanildo Costa, o coordenador nacional da Rede Armazém do Campo, Ademar Suptitz; além de artistas e influencers convidados.


Entre as exposições, terão atrações culturais que culminam com apresentação da cantora Margareth Menezes, às 19h.


Serviço:

Inauguração do Armazém do Campo em Salvador

Quando: Sábado, 11 de junho de 2022, às 14h

Onde: Rua Santa Izabel, nº 03, Pelourinho - Salvador (BA)

Contatos: (73) 99826-5420 - Cadu Souza – ou (61) 99998-0113 – Mayrá Lima

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O retorno do Brasil a um cenário de fome e desnutrição generalizadas já atinge mais de 15% da população, cerca de 33 milhões de brasileiros. Para muitas famílias, os efeitos da falta de alimentação adequada em casa poderiam ser amenizados com a merenda escolar para as crianças terem acesso a pelo menos uma refeição completa. No entanto, o repasse federal para a alimentação dos alunos da pré-escola ao ensino médio não chega a R$ 1 por aluno por dia.


A situação se deve ao desmonte e à falta de investimentos em políticas públicas de qualidade que atingiram também o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), criado em 2009 e que beneficia cerca de 40 milhões de crianças matriculadas na rede pública de ensino.


Segundo dados publicados nesta quinta, 9, pela Folha de S. Paulo, a verba para crianças da pré-escola, em fase crucial de desenvolvimento, é de R$ 0,53 por aluno. No ensino fundamental e médio, a situação é ainda pior, com repasses de R$ 0,36 per capita. Creches recebem cerca de R$ 1,07 por criança e no ensino integral o valor pode chegar a até R$ 2.


Enquanto os preços dos alimentos não param de subir no país, o orçamento do PNAE teve uma queda de cerca de R$ 100 milhões em 2022. Neste ano, foram R$ 3,96 bilhões em recursos, contra R$ 4,06 bilhões em 2021, ano em que parte da rede escolar teve atividades reduzidas por conta da pandemia de Covid-19.


Se os números já mostram um quadro preocupante, eles ficam ainda piores quando se leva em conta que 125,2 milhões de brasileiros, quase 60% da população, sofre algum tipo de insegurança alimentar, como mostra uma pesquisa divulgada na última quarta-feira. O estudo mostra ainda que o número de casas onde vivem menores de 10 anos em situação de insegurança alimentar grave subiu de 9,4% no final de 2020 para 18,1% em 2022.



Desigualdades são ampliadas

Criado para suplementar os investimentos municipais e estaduais na alimentação escolar, o PNAE acaba tendo uma importância muito grande em cidades mais pobres, que têm acesso a menos fontes de recursos. Em entrevista à Folha, Mariana Santarelli, coordenadora do Observatório da Alimentação Escolar e assessora de políticas públicas da FIAN Brasil (Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas), explicou como isso aumenta a desigualdade nesses locais.


“Municípios com alta arrecadação chegam a destinar até cinco vezes mais do que é transferido pelo governo federal, enquanto os mais pobres, onde estão as crianças e os adolescentes em situação de maior vulnerabilidade alimentar, não conseguem aportar recursos adicionais para a compra de alimentos. O resultado disso é o reforço das desigualdades no acesso à alimentação. No semiárido brasileiro, por exemplo, há grande dependência dos municípios em relação aos recursos federais, e o Pnae é o único repasse para a compra de alimentos nas escolas públicas”, relatou.


Em um discurso recente em um assentamento do MST, um dos principais produtores de alimentos orgânicos do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as palavras do educador Paulo Freire para falar sobre o drama da fome, que ele mesmo experimentou no interior de Pernambuco. Constantemente, ele tem falado sobre o problema da falta de segurança alimentar em um país que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo.


“Paulo Freire dizia que toda criança que come fica inteligente, porque se a criança não come, ela não tem sequer a capacidade de desenvolver sua inteligência. A fome é uma doença que não dói aos olhos de quem não a sente. Se você estiver conversando com uma pessoa e ela estiver com fome, você não sabe. É uma das coisas mais bárbaras que a humanidade deixou acontecer com ela. E a fome é mais grave porque a gente tem capacidade de produzir alimento para todos os seres humanos e mesmo assim ainda tem 900 milhões de seres humanos que vão dormir todo dia sem comer”, afirmou.


FONTE: Site oficial de Lula

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O deputado federal Valmir Assunção durante entrega de equipamentos para comunidades tradicionais - FOTO: Jonas Santos -


“Povos e comunidades tradicionais da Bahia receberam equipamentos do governo estadual para fortalecer os organismos municipais que atuam na gestão de políticas para a população negra e para ampliar a geração de emprego e renda no interior”. A fala é do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que alocou emenda para que esses instrumentos chegassem aos agricultores familiares, aos membros de terreiros, para a inclusão produtiva de mulheres negras e para a preservação do patrimônio imaterial afro-brasileiro. A entrega foi feita pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), comandada pela titular Fabya Reis, nesta segunda-feira (6), em Salvador.


De acordo com Valmir, essa entrega faz parte das estratégicas da Década Internacional Afrodescendente na Bahia, com a Sepromi desenvolvendo as ações com investimento de R$3,4 milhões via emenda parlamentar e Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa. “Um mecanismo de desenvolvimento que ajudamos a construir no estado e que está contribuindo para o aumento da produção de alimentos saudáveis e no avanço socioeconômico das comunidades tradicionais. Foram entregues 21 casas de farinha móveis, direcionadas a quilombolas e indígenas, que atuam na agricultura familiar, além de 25 kits de corte e costura para comunidades de terreiro e quilombos”, salienta. Esses kits vão auxiliar na inclusão produtiva de mulheres negras do estado a partir da confecção de vestuários que compõem as culturas de matriz africana.


Ato em Salvador para a entrega de equipamentos e máquinas de costuras para quilombolas e mulheres negras - FOTO: Jonas Santos -

Também foram entregues a 21 prefeituras, que fazem parte do Fórum de Gestores Municipais de Promoção da Igualdade Racial, computadores e impressoras para aperfeiçoar o atendimento e garantir acesso à rede pelas comunidades. “É uma importante entrega do governo e, principalmente, uma conquista do movimento negro, dos povos e comunidades tradicionais. Trata-se do fortalecimento da gestão da política de promoção da igualdade étnico-racial para os municípios e da criação de oportunidades de geração de renda para o povo negro, indígenas e comunidades quilombolas. Seguimos firmes no nosso trabalho de captação de recursos e investimentos para promover reparação”, diz a secretária Fabya Reis.




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