“A Funai é nossa!”, gritaram indígenas e servidores ao receberem a presidenta do órgão Joenia Wapichana e a ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara nesta segunda-feira (2), em um encontro tratado como retomada simbólica da instituição após os quatro anos de desmonte e perseguições durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Articulado pela Indigenistas Associados (INA) e pela Associação Nacional dos Servidores da Funai (Ansef), a retomada teve a participação de importantes lideranças, como o cacique Raoni Metuktire, histórico defensor da Amazônia e que subiu a rampa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo da posse. Participaram também representantes dos Xavante, Xokleng, Kayapó, Yanomami, Munduruku, Terena, Xukuru Kariri, entre outros.
Rituais de purificação marcaram a retomada. A partir de agora, a Funai passa a se chamar Fundação Nacional dos Povos Indígenas, uma sugestão da equipe de transição aceita por Lula. Além disso, durante o encontro, foi apresentado o novo secretário Especial de Saúde Indígena (Sesai), Weibe Tapeba, advogado e ativista indígena do Ceará. Os organizadores do ato simbólico se surpreenderam com a representatividade de lideranças presentes, o que mostrou o apoio aos nomes escolhidos para a composição de governo.